"Porque juventude são outros Papos!"

terça-feira, 27 de outubro de 2009

À querida jornalista Márcia Correa

Na quinta-feira retrasada, 15/10, estive no programa de rádio Café com noticias, das apresentadoras Ana Girlene e Márcia Correa para falar sobre a audiência publica, organizada pelos deputados Evandro Milhomem (PCdoB) e Dalva Figueiredo (PT) sobre o estatuto de juventude que está em debate na câmara de deputados e agora está colhendo contribuições nos estados da federação.

Nessa entrevista estava presente Eu (Patrique) representando a sociedade civil e o Salgado Neto falando pelo mandato da deputada Dalva Figueiredo do PT, a conversa foi boa e bastante tranqüila, isso claro pelo alto nível das apresentadoras e pelo preparo sobre o tema dos entrevistados.

Indagado pela apresentadora Ana Girlene sobre os movimentos sociais e as políticas de juventude, explicitei o novo momento que os movimentos de juventude vivem, disse que antes lutávamos pelo direito e hoje lutamos para ampliar tais direitos, e nessa conversa acabei soltando uma perola, dizendo "que antigamente batíamos lata e hoje estamos construindo as políticas (PPJ)", nessa hora a apresentadora Márcia Correa se apresentou e afirmou que "antigamente lutava-se contra ditadura e pela democracia!" e seguiu afirmando que hoje surge um novo movimento estudantil, após o episodio do ENEM 2009, movimentos que se intitulam apartidarios diferente da UNE e da UBES que foram aparelhadas ao governo federal, etc.

            Por conta do tempo limitado e do numero de pessoas ainda para serem entrevistad@s acabei por não responder a afirmação da competente jornalista, tentarei nessas próximas linhas expor minhas opiniões:

           

Para começar é de suma importância reconhecer a relevante contribuição para a nação brasileira a abnegação dos militantes que lutaram em defesa dos interesses nacionais, da democracia e da liberdade de expressão e contra as arbitrariedade cometidas pelo regime militar, esses lutadores e lutadores merecem antes de qualquer coisa o respeito e o reconhecimento de toda a nação brasileira pelos seus atos de patriotismo e bravura.

            Para esclarecer meu comentário não ia tão longe, e não se estendia aos lutadores da ditadura militar, pois o tema era PPJ e nesse período nem se pensava em debater esse assunto, tendo em vista que precisava-se reconstruir a nação e tirar das mãos dos tiranos da ditadura, meu comentário é mais recente reportava-se a era FHC e a criminalização da juventude e seu liberalismo econômico.

            Quanto ao novo movimento estudantil que hoje a grande mídia faz questão divulgar precisa ser entendido em suas minúcias, antes de qualquer coisa novamente, preciso afirmar que a organização de movimentos de estudantes são muito importantes e fundamentais para a vitalidade do M.E e a elevação do seu nível de discussão, mas para entender primeiro sua origem e relevância, ele surge e ganha destaque da grande mídia fundamentalmente por conta que sua bandeira é um prato cheio para os que querem o fim do governo LULA – o episodio ENEM, segundo a origem e composição do mesmo e toda de estudantes da classe média do rio de janeiro e estudam todos em escolas particulares, terceiro o movimento tem bandeira objetiva - entrar na universidade, quarto se reivindicam apartidarios, mas todos nós reconhecemos que o movimento estudantil sempre teve presença das forças políticas e tal relevância esse movimento graças as contribuições dessas forças as suas lutas, quinto esse novo movimento não é racha da UNE e da UBES pelo contrario reconhecem as mesmas como entidades representativas, apesar de ter posicionamentos diferenciados, sexto e mais intrigante esse novo movimento estudantil reuniu 12 estudantes e ganharam notoriedade nacional pela IstoÉ, Veja, Rede GLOBO, mas a UBES fez ato com 5 mil estudantes pedindo investigação e punição aos envolvidos no caso ENEM e esses mesmos veículos não escreveram nem uma virgula sobre o fato, no mínimo é de se duvidar desses veículos de comunicação, que infelizmente ainda forma a opinião dos formadores de opinião.

 

Gostaria de manifestar todo meu respeito e admiração pela jornalista Márcia Correa, que foi militante do movimento estudantil no Amapá no fim da década de 80 e que tem muito conhecimento de causa, e todo esse respeito vem da história que essa mulher construiu no longo de sua atuação, que hoje faz parte da minha pesquisa de conclusão de curso, e cada vez que descubro mais coisas mais o respeito e admiração aumenta.



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Seguir LUTANDO, desejar VENCER e conquistar o NOVO!!!

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