Vamos Prosseguir Companheiros, medo não Há!

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Ao longo desses quatro meses de campanha eleitoral, aprendemos que podemos ser livres, que podemos sonhar os nossos sonhos e os sonhos do povo, que a ousadia de dois “moleques” impulsionados pelo sentimento da mudança, a rebeldia da juventude e a vontade popular, poderiam ser protagonistas da mais bela batalha que esse estado já viu, que juntos com um enorme mar que se vestiu de amarelo, fizeram tremer os poderosos e reescreveram uma página na história que jamais será esquecida por qualquer homem ou mulher livre.


É necessário esclarecer a todos e todas que acreditaram na mudança, que o resultado das urnas não tem significado de derrota para nós, muito pelo contrário, temos a clareza que o enfrentamento com o outro lado não se deu de forma democrática, que do outro lado está o estado, a assembléia legislativa, todos os outros poderes e acima de tudo o poder econômico, as mentiras e calunias reproduzidas pela mídia radiofônica e televisiva que não teve nenhum pudor e mostrar de que lado estava.

O resultado dessa campanha não foi atípica, sabemos que a mesma fórmula foi usada em 2006 para usurpar do povo a possibilidade de uma escolha livre e democrática, que a presença do “senhor do poder” no estado do Amapá, nas últimas semanas, só reafirmou a fragilidade política e coronelismo que oprime o povo e da qual todos que estão no poder não querem se libertar e libertar o povo. A compra de voto e o desespero foram tão absurdos, no último dia 26, que não havia mais a preocupação de se esconder ato tão vergonhoso, além da coerção e ameaças. Estava tudo muito as claras para quem quisesse ver, não é a toa que há centenas de denúncias e prisões por compra de voto e uso da máquina pública. Nos resta agora esperar que se faça justiça e assim se devolva o respeito a vontade popular.

Não podemos culpar o povo pelo resultado da eleição, temos é que agradecer aos quase 50 mil homens, mulheres e jovens que não se venderam e não se renderam ao poder do dinheiro, que ousaram dizer não aos “senhores do poder”, que acreditaram na mudança. Os verdadeiros culpados são aqueles que hoje comemoram, que se valem da miséria e da necessidade do povo para lhes roubar os sonhos, a esperança e a dignidade, a verdadeira culpa é desse “senhor” que não respeita a vontade popular e que não mede esforços para impedir que o povo chegue no poder.

Todos que diziam que representavam a mudança e nos atacavam covardemente, hoje estão do mesmo lado comemorando e dividindo a fatia do bolo. Agora se faz mais que necessário a unidade daqueles que lutam, a reorganização do Campo democrático e popular aliado ao enfrentamento no legislativo estadual, com o companheiro Camilo e no legislativo Municipal, com o companheiros Clécio e Cristina, assim como o enfrentamento nas ruas garantirão conquistas e avanços para o nosso povo. Nós vamos fazer o que sempre fizemos: ORGANIZAR A LUTA E DEFENDER O POVO.

Por isso, frases como: “Macapá tem jeito...”, “Tá na hora da mudança...”, “Faz o C”, “Vamos sair do buraco...”, jamais serão esquecidas por nossa gente, porque embalavam todas as noites nossas festas, nossos sonhos e esperanças, porque elas traduziam o verdadeiro sentimento e vontade de ver Macapá ser governada por esses dois “moleques” tão autênticos e rebeldes, que nos dão orgulho e força para continuar acreditando que Macapá tem Jeito!!

Eles só adiaram nossos sonhos!

“Vamos prosseguir companheiros, medo não há!” (Vítor Ramil)

(*) Maykom Magalhães
Secretario Geral do PSOL/AP
Coord. Estadual da JuvAPS/PSOL