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sábado, 14 de novembro de 2009

Ih rachou - Extrema-esquerda se agita com o Fator Marina 2010

A possível candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) ao Planalto, mesmo sem obter um segundo dígito nas pesquisas eleitorais, agita as siglas que buscam um espaço de oposição ao governo Lula pela extrema-esquerda. O Psol rachou com o enfático apoio a Marina da parte de sua presidente, a vereadora Heloísa Helena (Maceió). Já o PSTU lança nesta sexta-feira a candidatura presidencial de José Maria de Almeida.

Na quinta-feira (12), a Executiva Nacional do PSOL decidiu por 13 votos a três iniciar as sondagens sobre um apoio a Marina. A posição vencedora é capitaneada por Heloísa, que desistiu da candidatura presidencial no ano que vem, proclamada assim que encerrou-se o primeiro turno de 2006.

"Dentro e fora do partido defendo o apoio à candidatura da Marina pela dignidade humana e pela capacidade técnica que ela demonstra", disse Heloísa, ouvida pela AgIencia Estado depois da reunião. "Não há dúvida de que Marina é a melhor (candidata) para o Brasil", enfatizou.

Quanto à própria Heloísa, deve tentar voltar ao Senado por sua Alagoas natal, aproveitando uma janela aberta pela disposição do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) de disputar o Executivo. "Em todos os lugares que vou, o povo quer que eu dispute em Alagoas", relatou a vereadora.

Luciana: "um passo atrás" para dar" dois à frente"


O apoio de Heloísa a Marina tem o aval do MES (Movimento Esquerda Socialista), grupo da deputada Luciana Genro (Psol-RS). Luciana descreve a candidatura presidencial como "uma loucura completa". "Estou convencida que não temos outra alternativa se não quisermos cair no isolamento e perder grande parte do capital político que acumulamos", afirma Luciana, para quem o apoio a Marina representa "um passo atrás" visando dar "dois passos à frente".

Oficialmente o debate no Psol só se concluirá com uma conferencia eleitoral em março de 2010. Percebe-se no partido de Heloísa certa insegurança quanto à receptividade do PV.

O vice-presidente verde, Alfredo Sirkis, que já concorreu à Presidência da República pelo partido e hoje é vereador no Rio de Janeiro, não acredita na aliança. Para ele, os dois partidos têm visões opostas em relação a quase tudo, com exceção da ampliação da ética na política.

"Não acho viável. O Psol tem simpatia pelo chavismo e pelo populismo", disparou Sirkis, no Globo Online. Além disso, "não agrega nada" ao tempo no horário de TV da campanha presidencial, "uns 4 ou 5 segundos a mais" ao 1 minuto e meio do PV.

Já a própria Marina admitiu "conversas informais" sobre 2010 com Heloísa e outros expoentes do Psol. Ressalvou, porém, que "não tem nada formalizado" e um eventual apoio "terá que ser em cima de programas, de ideias", o que remete às objeções de Sirkis.

Quem do Psol se opõe a Marina


Os votos contrários à negociação com Marina, dentro da direção do Psol, vieram da CST (Corrente Socialista dos Trabalhadores), que desde setembro apresenta o nome de seu líder, o ex-deputado Babá (João Batista Oliveira de Araújo), e do segmento católico, que postula como presidenciável o também ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio.

Essas correntes do Psol argumentam com a necessidade de "coerência" em relação à campanha de Heloísa em 2006, quando a sigla obteve o seu pico de visibilidade e apoio, com 6,6 milhões de votos em Heloísa no primeiro turno. Para Luciana, a candidatura própria representa "ficarmos falando sozinhos ou para ínfimas 'vanguardas', muitas vezes totalmente descoladas do pensamento do povo", ou, em outras palavras, "o discurso do PSTU".

PSTU lança José Maria


O PSTU já não foi um aliado fácil para o Psol em 2006, quando integrou, com o PCB, a frente que lançou Heloísa. Desde então, a aliança não se repetiu. Nem se repetirá em 2010, a julgar pela pré-candidatura de José Maria, presidente da sigla, com lançamento marcado para esta sexta-feira, em São Paulo, e dia 17, no Rio, seguindo-se Fortaleza, Belém, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte.

"Marina Silva aparece como algo novo, mas defende a continuidade da situação atual. Não propõe a ruptura com o imperialismo nem com o modelo neoliberal. Defende a ecologia, mas enquanto era ministra do meio ambiente, ocorreram os dois maiores retrocessos ecológicos das últimas décadas: a liberação dos transgênicos e o início das obras da transposição do rio São Francisco", dispara a convocatória do pré-lançamento de José Maria.

José Maria de Almeida já foi candidato presidencial do PSTU em 1998 e 2002 – a sigla foi fundada em 1994. Em 2002 obteve 402 mil votos.
 
Fonte: Vermelho

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