"Porque juventude são outros Papos!"

terça-feira, 30 de junho de 2009

Michael Jackson e a cultura capitalista!

Com o falecimento, no dia 25 de junho passado, de um dos ícones da música pop para a juventude que viveu e cresceu excluída de muitos direitos como foi Michael Jackson, somos chamados a refletir sobre o que acontece no dia a dia em que o capitalismo continua dirigindo a humanidade e podemos dizer que muitas questões se reacendem.
 
Por Wander Geraldo*


A black music norte-americana — assim como o forró, o samba e o hip-hop no Brasil — é expressão de uma juventude que luta e enfrenta condições adversas. Não falo aqui de somente ouvir ou gostar desses ritmos. Cito aqueles que através dessas e outras expressões musicais externam sua realidade, na maioria das vezes dura, porém enfrentadas com criatividade, alegria, vontade de vencer e acima de tudo respeito ao ser humano.
 
A identidade inicia-se na origem, de famílias proletárias, de artistas e militantes dessas expressões culturais. Passa pelas barreiras do pré-conceito e explodem na aceitação e simpatia que os povos assumem por essas expressões culturais. Assim como no Harlem em Nova YorK, a vida no sertão nordestino, nas periferias do Rio de Janeiro e de São Paulo é enfrentar as barreiras do direito à alimentação, ao emprego, à educação e tantos outros direitos básicos que no regime socialista serão superados.
 
Em meio a essas barreiras, homens e mulheres, na maioria das vezes jovens, conseguem compor e cantar músicas que muitas vezes são críticas, que dão conforto e mensagem que outros milhões de homens e mulheres buscam. Mais ainda, inspiram para continuar a luta e a caminhada pela sobrevivência e pelos nossos direitos.
 
No Brasil, especialmente nos finais de semana, os bailes funks, as rodas de samba e os forrós são espaços para esses maravilhosos momentos, em que, sem distinção étnica, econômica e social, todos se encontram e extravasam suas energias e se preparam para mais uma semana, na qual os trabalhadores terão novamente sua força de trabalho sugada.
 
As elites muitas vezes não entendem como é que certos fenômenos populares rompem barreiras de seus modos de pensar, em suas mídias manipuladas e até mesmo nas suas gigantescas salas de estar, onde muitos de seus filhos também ouvem e dançam músicas compostas nos guetos e favelas do mudo, levando a esses espaços letras e conteúdos que queriam eles, as elites, que fossem sufocadas onde eles não passam nem por perto.
 
Nesse sentido, render homenagens a Michael Jackson é lembrar que ele e sua família de origem operária romperam barreiras através da música; que ele, ainda em um mundo sem internet e sem a universalização da televisão, já era um ídolo nas periferias do nosso país e do mundo. Inspirou Tim Maia, Jorge Ben (hoje Benjor) e Sandra de Sá dentre outros milhões de pessoas em todo o mundo.
 
Assim como Martinho da Vila, Luiz Gonzaga e Mano Brown, Michael representou as lutas e anseios de muitas pessoas oprimidas pelo sistema. Sucumbiu antes de morrer às garras do mercado, das aparências ditadas, das concepções e doenças contemporâneas que o capitalismo tenta nos enfiar goela abaixo. Porém, deixou um legado que em todo o mundo será lembrado, para que também através da musica todos possamos alimentar os nossos sonhos e lutas para superar o regime capitalista caduco, opressor e desumano.
 
 
* Wander Geraldo é membro do Comitê Central do PCdoB. Integra, em São Paulo, a Escola de Samba Unidos do Peruche e o Bloco Carnavalesco Unidos do Pé Grande fonte: www.vermelho.org.br


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Um comentário:

  1. Michael Jackson é um simbolo da cultura de massa industrial imperialista norte-americana. Exportou padrões de consumo e comportamento durante o sucesso de sua carreira. Atingiu milhões de pessoas pelo mundo que se quer entendiam uma palavra do que suas músicas diziam. Michael foi uma mais uma vítima do que um tirano. Explorado pelo próprio pai quando criança, foi privado de ter uma infância sadia necessária a toda e qualquer criança. Exposto prematuramente ao sexo, drogas e violencia, acabou sendo introduzido num mundo adulto prematuramente. Isso explica os disparates que cometeu durante a vida adulta, ao comprar uma propriedade gigantesca e transforma-la em parque de diversoes. Fora as relações sexuais com crianças as quais foi acusado. O rei do POP não teve automonia sobre a sua própria vida, que foi incansavelmente violada, exposta, desapropriada, torna-se uma mercadoria, algo lucrativo. O seu talento era fruto de seu sofrimento. A industria do entretenimento é muito poderosa, pois influencia a mente humana de tal forma que torna as pessoas refens de Foi vitima do racismo norte-americano, dos padroes ideais do homem europeu, que não poderiam aceitar um rapaz com traços africanos, com nariz achatado, pele negra e cabelos encaracolados a se tornar idolo, sem que ouvesse pressoes do publico e principalmente dos capitalistas da indústria do entretenimento. Alienados, escotemos Michael Jackson, choremos a sua morte, enquanto milhoões de crianças no mundo, guerras, conflitos, exploração, trabalho escravo, genocidios, golpes de estado acontecem, e a classe dominante, a burguesia, nos apunha-la pelas costas a rir da minha e da sua morte e do triste fim do rei do pobre.

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