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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ato em defesa de nova lei do petróleo e da Petrobrás reúne 5 mil no Rio

Cerca de 5 mil pessoas, entre integrantes de movimentos populares,
centrais sindicais, organizações de estudantes e cidadãos, participaram
da manifestação em defesa de uma nova lei do petróleo e da soberania
nacional, realizada na manhã desta quinta-feira (21/5), no centro da
cidade do Rio de Janeiro.

O ato foi uma importante demonstração de unidade da esquerda, que
defende a retomada do monopólio estatal das jazidas de petróleo e a
criação de um fundo social soberano para garantir o investimento dos
recursos do pré-sal nas áreas sociais, como educação, saúde,
habitação e reforma agrária.

"Precisamos organizar uma campanha de massa nacional para garantir que os
recursos do petróleo sejam destinados para resolver os problemas do povo
brasileiro", afirmou o integrante da coordenação nacional do MST, João
Paulo Rodrigues.

Segundo ele, os desafios dos trabalhadores na defesa do petróleo são
muito maiores do que os obstáculos impostos na atual conjuntura pela CPI
da Petrobrás, que foi instalada na semana passada depois de manobra do
PSDB. "Defender o petróleo e a Petrobrás é organizar o povo, porque só
será possível defendê-los se estivermos nas ruas", disse João Paulo.

A mobilização foi encerrada por volta das 13h30, diante do edifício
sede da Petrobrás, na avenida Chile, depois de uma passeata que fechou as
seis pistas da avenida Rio Branco e de um abraço simbólico em torno da
sede da empresa.

O ato faz parte da articulação da campanha "O Petróleo tem que ser
nosso!", que pretende fazer um grande mutirão nacional para debater a
necessidade do controle público do petróleo e gás, para melhorar a vida
do povo brasileiro e garantir a soberania nacional.

Também participaram do ato parlamentes e representantes dos partidos à
esquerda, como PCB, PCdoB, PSB, PT, PSOL e PSTU. O presidente da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azedo, esteve presente e
declarou apoio à campanha.

"Estamos na campanha em defesa do petróleo, na defesa do Brasil e em
defesa de um fundo soberano, para garantir que os recursos sejam destinados
ao povo brasileiro", afirmou a presidente da UNE (União Nacional dos
Estudantes), Lucia Stumpf.

"É prioritária a luta pela reestatização da Petrobras, porque uma
empresa estatal, apesar das suas limitações, pode estar a serviço da
resolução de algumas questões sociais", defende o presidente do PCB
(Partido Comunista Brasileiro), Ivan Pinheiro.

"A campanha cria uma base unitária na defesa do petróleo e é hora de
ocupar as ruas porque o futuro do Brasil passa pelo pré-sal", afirmou
Renato Simões, secretário nacional de Movimentos Populares do PT.

"Temos que ocupar as ruas de todo o país na defesa do nosso petróleo,
que tem que garantir melhores condições de vida para o povo e o futuro
nas próximas gerações", acredita Emanuel Cancella, o coordenador do
Sindicado dos Petroleiros do Rio de Janeiro e integrante da FNP (Frente
Nacional dos Petroleiros).

"Queremos o controle sobre o pré-sal nas mãos do povo brasileiro. É uma
riqueza gigante que deve ser destinada para fortalecer e consolidar
políticas de Estado que garantam distribuição de renda e diminuição
das desigualdades", afirmou o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes.

"Os bons brasileiros serrarão fileiras na campanha 'O petróleo tem que
ser
nosso!' e a nossa proposta é a retomada do monopólio estatal do petróleo
sob controle das forças populares", completou.


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Igor Felippe Santos
Secretaria Nacional do MST
Tel/fax: (11) 3361-3866
Página: www.mst.org.br

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