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segunda-feira, 30 de março de 2009

MEC quer mudar parâmetros para Vestibular.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nessa terça-feira mudanças nos processos seletivos de ingresso nas universidades federais. Para Haddad, os vestibulares, como estão propostos hoje, privilegiam a memorização, em detrimento da capacidade de análise crítica dos estudantes: "O vestibular nos moldes de hoje produz efeitos deletérios sobre o currículo do ensino médio, que está cada vez mais voltado para a decoreba".


A proposta do ministro é testar um novo modelo de seleção, em 2010, em que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja usado como primeira fase para as instituições federais. "A segunda fase seria mais voltada para áreas específicas, mas com perguntas que julguem a capacidade analítica dos estudantes." O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ajudaria a desenvolver as provas da segunda fase.


Atualmente, cada instituição desenvolve seu próprio vestibular. Com o modelo unificado, defende Haddad, o estudante poderá se beneficiar mais da expansão das federais. Como o processo seletivo seria o mesmo para ingresso em qualquer universidade federal, um aluno do Nordeste, por exemplo, poderia estudar numa instituição no sul do país. "Hoje a rede federal está em mais de 200 municípios", disse Haddad. São 227 mil vagas de ingresso em todo o Brasil.


Haddad defende um modelo único de exame, válido para as universidades que aderirem ao projeto. Segundo Haddad, a maioria das instituições de ensino superior federais percebe que os atuais vestibulares não avaliam a formação analítica dos candidatos, mas apenas a capacidade de decorar fórmulas. A mudança nos processos seletivos, na visão do ministro, refletirá positivamente na qualidade do ensino médio.


"Se nós não alterarmos isso, sinalizando para o ensino médio que queremos outro tipo de formação, mais voltada para a solução de problemas, vamos continuar reproduzindo conhecimento que não ajuda o Brasil a se desenvolver."


O ministro disse que vai propor aos reitores das universidades federais testar a medida "nem que seja numa área específica do conhecimento". A idéia é aplicar o processo seletivo unificado em cursos de baixa demanda, como nas licenciaturas.

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