"Porque juventude são outros Papos!"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

PCdoB dribla PSDB e garante à UNE defesa da meia-entrada

Depois de um dia intenso de mobilizações no Senado, liderado pela UNE e a Ubes, a votação do projeto de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que regulamenta a meia-entrada e restringe a 40% os ingressos destinados para estudantes e idosos, foi adiada para a próxima semana. A vitória parcial das entidades só foi possível graças ao pedido de vista solicitado pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Debate acolarado com vitória estudantil
O adiamento da votação ocorreu após quase duas horas de intensos debates na comissão. Os estudantes se posicionam contra qualquer tipo de restrição ao uso da carteira. Durante o debate, Inácio contestou diretamente a cota de 40%, que considerou uma ''restrição'' à meia-entrada.

Ele alertou para a possibilidade de a cota ser reduzida para até 10% dos ingressos, no futuro. O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) concordou com Arruda e afirmou que a ''juventude não pode ser punida''. Ao final, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) considerou a votação do projeto uma ''oportunidade histórica'' para aprimorar a ''conquista da meia-entrada''.

''Continuaremos as mobilizações para garantir a meia-entrada sem restrições'', declarou Lúcia Stumpf, presidente da UNE, que está em Brasília. Segundo ela, o objetivo é sensibilizar os senadores a retirarem a restrição imposta pela cota.

Para Lúcia, existem vária razões para que os estudantes sejam contrários ao sistema. Ela aponta como a principal delas o fato de que não há um mecanismo de fiscalização para impedir atitudes fraudulentas por parte dos empresários. Ela diz que o que vai ocorrer, na prática, é que o segundo estudante na fila já recebe resposta negativa para aquisição do ingresso com alegação de que a cota já está preenchida.

Ela destaca ainda que a meia-entrada é um direito e contribui para a formação intelectual dos estudantes que não se dá apenas em sala de aula. ''A meia-entrada não é apenas um benefício, mas um incentivo da formação cidadã do estudante brasileiro'', avalia.

A líder estudantil reconhece que a falsificação de carteiras de estudante inviabilizou o trabalho dos empresários culturais, que aumentaram o valor do ingresso para dar conta dessa situação. Mas acredita que a regulamentação na emissão e distribuição do documento serão suficientes para coibir as falsificações.

''A emissão por um órgão público como a Casa da Moeda, como estamos propondo, e a distribuição e fiscalização por um conselho amplo, composto por empresários, estudantes e o governo, em que só estudantes tenham acesso à carteira, vai diminuir o número de estudantes que acessam a meia-entrada'', explica Lúcia.

Fonte: Vermelho, com agencia Estudantenet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

É sempre bacana trocar papo com e sobre a juventude!