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terça-feira, 25 de março de 2008

Universitarios de plantão: MEC planeja trocar dívida do Fies por trabalho



MEC planeja trocar dívida do Fies por trabalho Brasília - O governo federal planeja trocar educação superior por trabalho. Uma proposta do MEC (Ministério da Educação) é que médicos e professores formados com crédito do Fies (Financiamento Estudantil) trabalhem no sistema público de saúde e educação em troca da quitação de seus empréstimos. Segundo a proposta, os médicos deverão trabalhar nos 1,2 mil municípios brasileiros onde ainda não há atendimento. Os professores seriam contratados para preencher o déficit de 250 mil vagas existente hoje no sistema público de ensino básico.



A intenção do MEC é anunciar o programa no dia 29 deste mês, em um evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Nova Iguaçu (RJ), e vê-lo entrar em funcionamento a partir dos contratos deste ano.



O efeito prático da proposta só seria visto daqui a quatro anos: apenas novos candidatos ao Fies poderiam aderir a essa proposta. A adesão não é obrigatória. Atualmente, existem 14,3 mil alunos de Medicina no Fies. A inadimplência média do programa, para todos os cursos, é de 23%. A proposta é dada como aceita dentro do governo, já que conta com "extrema simpatia" do presidente Lula. Ainda falta, no entanto, encerrar as negociações com a equipe econômica. "São recursos que a União deixa de receber", lembra o secretário de Ensino Superior do MEC, Ronaldo Mota. "Mas, neste momento, pode ser mais importante a troca por educação e saúde." Um dos detalhes a decidir, por exemplo, é se o programa para professores seria para todas as áreas ou, dada as limitações financeiras, concentrado em matemática, física, química e biologia, disciplinas em que o déficit de professores é grave. Também não estão definidas quantas vagas seriam oferecidas, se todas as necessárias ou apenas um número limitado por ano, e quanto tempo os estudantes teriam que trabalhar para quitar seu empréstimo.


O futuro médico ou professor não trabalhará de graça. Na verdade, ganhará duas vezes: um salário, pago pelas prefeituras ou governos estaduais, e a quitação do seu empréstimo. Os candidatos terão que cumprir pelo menos 20 horas semanais.



Fonte: O Estado de S. Paulo

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