"Porque juventude são outros Papos!"

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LUTAR VALE A PENA


Por Patrique Lima
Diretor de Relações Institucionais na 
União Nacional do Estudantes(UNE)

Manifestações de Junho em Macapá, em frente a prefeitura. (imagem internet)

A luta pelo passe-livre sempre esteve na ordem do dia das entidades do movimento estudantil, o jargão "O Futuro do Brasil pede passagem!" esteve presente durante anos nas diversas manifestações Brasil a fora, e no Amapá não foi diferente.
Toda essa movimentação tomou impulso depois das manifestações que se espalharam por todo o país no ultimo mês de junho de 2013, que levou milhares de pessoas as ruas, reivindicando por uma série de avanços sociais em diferentes pautas, mas que tinham em comum entre todas elas, à denúncia do sistema de transporte precarizado e caro, que assolam as diversas cidades do país. Estas manifestações de ruas tiveram imediatamente uma série de vitórias, inclusive com redução de tarifas de transporte em diversos lugares, como foi o caso de Macapá. 
Esta pauta histórica das entidades estudantis - UNE, UBES, UECSA, UMES,  grêmios, DCE's, tem sua base de sustentação calçada na necessidade de se criar políticas de acesso e permanência a educação, evitando-se a evasão escolar e garantindo maior aproveitamento do tempo de aula, além acesso a espaços culturais, esportivos e de lazer que ajudam na formação do estudante, neste contexto o transporte sempre foi um limitador para os moradores dos locais mais distantes e carentes.
Partindo da premissa de que não basta somente ter escolas para garantir o acesso a educação, umas séries de necessidades se apresentam para o estudante em sala de aula. A injusta disputa entre as demandas da sociedade (comer, vestir, calçar, ter acesso a bens de consumo em geral) versus garantia de permanência na escola, sempre coloca a questão econômica a frente.
Para combater esse problema, políticas de assistência estudantil são fundamentais para permanência do estudante no ambiente escolar, e o passe-livre torna-se um elemento essencial, pois garante na renda familiar os recursos que antes eram empregados nos gastos com transporte do estudante até a escola.
A apresentação da proposta pelo Governo do Estado do Amapá e pela prefeitura Municipal de Macapá que garante o benefício do "passe-livre" a 10 mil estudantes carentes da rede publica de ensino (básico e superior) é uma resposta positiva as demandas que surgiram nas ruas e salas de aulas do Estado, uma conquista dos que lutaram nas ruas, batizado de Passe Social Estudantil, é o primeiro passo rumo ao passe-livre que os estudantes defendem (por isso as aspas no termo passe-livre acima).
Concordamos com a ideia de que precisa-se iniciar primeiro com os que possuem a maior necessidade, mais ainda não pode ser tido como acabado. Garantir todos os estudantes dos programas sociais é fundamental, mas expandir para o conjunto dos estudantes é essencial, sabemos da implicações financeiras, mas entender esta política como investimento subverte meramente a lógica econômica.
Desta feita, Não podemos negar a vitória que veio das milhares de vozes nas ruas, e parabenizar a iniciativa do governo e da prefeitura, mas cumprindo nosso dever de movimento social, devemos continuar lutando por novos direitos e pela ampliação dos direitos já conquistados, para que tenhamos um maior número de beneficiados pelo programa de passe e que este seja livre de fato, que se tenha qualidade no transporte publico, com licitação para contratação de novas empresas, tarifas justa e mais baratas. E o que fica o ensinamento para todos nós, das diversas gerações é que: LUTAR VALE A PENA!

Ato da UNE e UBES em Brasília, dia 27 de junho de 2013. (acervo UNE)


sábado, 26 de outubro de 2013

Novos espaços no blog

Acessem as paginas #Opinião e #Vídeos no blog, serão espaços para socializar opiniões de diversos agentes sociais e políticos sobre os variados temas em debate na sociedade.

Nessa semana, a coluna #Opinião trás um artigo da Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Juventude e vice-presidenta do CONJUVE, Ângela Guimarães, que fala sobre a situação da Juventude Negra e o genocídio vivenciada por essa significativa parcela da sociedade, em sua maioria, pobre e de periferia. Veja aqui

A coluna #Vídeos trás um vídeo da União Nacional dos Estudantes em defesa da reforma politica democratica, com o fim do financiamento privado de campanha. Veja aqui

Espero que curtam esses espaços.

abç

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

UNE repudia ataques da PM manifestantes em SP e no Rio

Diante dos atos covardes de violência e truculência praticados pela polícia militar durante passeatas pacíficas em São Paulo e no Rio de Janeiro, a União Nacional dos Estudantes, a UEE-SP e a UEE-RJ vêm a público repudiar a ação contra os manifestantes na noite desta terça-feira (15). A falta de preparo da PM é visível. A ação violenta, injustificável.

Em São Paulo, os estudantes saíram às ruas pela democracia nas universidades paulistas. O jornalista da UNE, Rafael Minoro, foi atingido por estilhaços de bomba lançadas pela PM enquanto cobria o ato (foto abaixo). O diretor da UEE-SP, Bruno Reis, também foi ferido por estilhaços de bomba. A presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, Nicoly Mendes, por uma bala de borracha. Outros estudantes foram encurralados e agredidos em frente à loja Tok&Stock (foto acima), na Marginal Pinheiros.

No Rio de Janeiro, a luta dos professores levou mais de 50 mil às ruas. A polícia também agiu de forma excessivamente truculenta, agredindo manifestantes, utilizando muitas bombas de gás lacrimogênio e, até mesmo, dando tiros de armas letais, como fuzis, para o alto.

A natureza militar da polícia, treinada nos moldes do golpe de 1964, ainda leva a instituição a valorizar mais a autoridade que a legalidade. Desmilitarizar a polícia é uma medida necessária para torná-la mais democrática e menos abusiva.

As grandes manifestações de junho que levaram milhões de pessoas para as ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro parece que não serviram de lição para os seus governantes. Os jovens seguem na luta pela democracia dentro das instituições de ensino e também nas ruas da cidade.

Os estudantes exigem do reitor da USP, João Grandino Rodas, que abra imediatamente o diálogo com o movimento estudantil que ocupa a reitoria da universidade. Toda essa violência ocorrida no dia de hoje é resultado também da intransigência do reitor.

Nós, estudantes brasileiros, seguiremos em marcha pelas ruas, ocupando todos espaços possíveis em defesa da educação, dos professores e da democracia.

União Nacional dos Estudantes – UNE
União Estadual dos Estudantes de São Paulo – UEE-SP
União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro – UEE-RJ
15 de outubro de 2013


Fonte: une.org.br


Rafael Minoro - Jornalista da UNE ferido na manifestação em SP pela PM.